domingo, 3 de março de 2013

MONTANHA AZUL

Aguenta o quanto podes
                 ou não.

Aguenta a água fervendo que escorre da montanha azul
Cara é só mais uma nuvem que desaba sobre ti
                                          então aguenta.

Enfrenta a vertigem que te consome
porque ela é poderosa, irrefreável
                       mas é só tontura
Portanto, suporta.

Carrega a lança que te atingiu o lado esquerdo do peito
Cara é só mais uma ferida que sangrou e supurou
     agora somente existe a cicatriz

A dor é fantasma que atormenta e ensandece
mas a arma está nas tuas mãos
com ela tu protege ou arremete
                             então prossegue.

A montanha azul brilha sobre a estrada tortuosa
tu ainda sonha com o passado
                     esquece.

A azulada montanha derrama sua vertente
queima tua pele e te persegue

Arremessa lanceiro tua arma
distorce a sombra que queimou tua consciência
parte em duas a estrada que te fez perder
              o futuro.

O vento uiva sobre tua cabeça
a lua está pálida em seu êxtase
a vida se curva e cai de joelhos

Arremessa guerreiro com mais pressa.

5 comentários:

  1. Sempre forte e contundente!!!
    Parabéns, Adriane!!!

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    1. Mas mal postei e já comentaste Glênio?
      Tu é rápido no gatilho, hein?
      Obrigada pela visita.
      Difícil interpretar esse, até eu ainda estou analisando o conteúdo ainda.
      Abraço.

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    2. Ah! Espero que até o próximo fim de semana eu tenha terminado um conto novo para este blog. Ando meio na correria do trabalho, mas chego lá.

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  2. Esse poema era o que eu precisava ler agora, antes de dormir. Obrigada!

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    1. Puxa que bom que o lestes então. Espero que tenhas gostado desta viagem azul.
      Bjs.

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